VINHAS VELHAS
A vinha da Quinta Lobo da Estrela é de Vinhas Velhas, com cerca de 40 anos de idade.
As vinhas velhas eram cultivadas sobretudo para as necessidades das famílias, em pequenos terrenos e não como um negócio industrial.
Existem em pequenas quantidades, espalhadas pelo país, porque produzem menos uvas, quando comparadas com os rácios de produção das vinhas novas. Mas têm um carácter forte, elegante e mais intenso – a idade da razão.
As vinhas velhas eram cultivadas sobretudo para as necessidades das famílias, em pequenos terrenos e não como um negócio industrial.
Existem em pequenas quantidades, espalhadas pelo país, porque produzem menos uvas, quando comparadas com os rácios de produção das vinhas novas. Mas têm um carácter forte, elegante e mais intenso – a idade da razão.
CASTAS
A Quinta Lobo da Estrela produz quatro variedades de castas nobres da região demarcada do Dão. Os nossos vinhos são um blend destas quatro castas. No futuro poderemos apresentar vinhos monocasta, explorando as suas características únicas:ALFROCHEIRO
Cultivada quase exclusivamente no Dão, trata-se de uma casta misteriosa, pois só é referenciada após a crise da filoxera (finais do séc. XIX). Não se conhece com exactidão, a sua origem, ainda que se especule que possa ser estrangeira.
Caracteriza-se por um cacho reduzido, por vezes compacto, que possui bagos pequenos e uniformes e uma epiderme de cor heterogénea, predominantemente de tom negro-azul.
A polpa, não corada, é mole e suculenta, com um gosto característico. Esta casta apresenta uma produção regular e maturação média, contribuindo para o excelente equilíbrio entre ácidos, açúcar e taninos e boa cor dos vinhos, ao mesmo tempo que lhes confere aromas frutados e finos, que lembram morangos bem maduros, que ganham complexidade com o passar dos anos.
(from CVR Dão site)
JAEN
Na região do Dão o Jaen é cultivado, pelo menos desde os meados do século passado, sendo citado, nos inquéritos vitícolas de 1865, como das castas dominantes no concelho de Mangualde. É lícito pensar que tenha sido trazida por peregrinos regressados à pátria através dos caminhos de Santiago. Depois da praga da filoxera difundiu-se por toda a região do Dão, graças à sua boa produtividade e prematuridade, que permitiam a produção de vinhos de boa graduação, e boa cor.
O cacho nesta casta é de tamanho grande e compacto, com bagos médios, uniformes e arredondados, com epiderme pouco espessa negra-azul e com média pruína. A polpa é mole e suculenta, não sendo corada. Os vinhos a que dá origem são elegantes, com teor alcoólico regular, intensos de cor e muito macios, dada a sua fraca acidez. Mas é o seu perfume intenso e delicado, lembrando um pouco a framboesa, que torna esta casta preciosa.
(in CVR Dão site)
TINTA RORIZ (aka Aragonez)
Casta bastante produtiva e com maturação média. O seu cacho é grande e aberto e contém bagos de tamanho heterogéneo, com forma ligeiramente achatada e epiderme medianamente grossa, de cor negro-azul com forte pruína.
Por sua vez, a polpa, não corada, é suculenta, mole e de sabor muito próprio. Nos vinhos em que exista em boa percentagem, intensifica os aromas de fruta madura, dá muita cor e boas graduações alcoólicas. É notório o excelente equilíbrio marcado pela qualidade dos seus taninos, assim como o equilíbrio de corpo e acidez, daí resultando vinhos harmoniosos e muito elegantes, com elevado potencial de envelhecimento.
TOURIGA NACIONAL
A fama dos vinhos do Dão é devida, em boa parte, a esta casta, que, no passado, antes da crise filoxérica, era dominante nos vinhedos da região. Constitui, assim, a casta mais nobre entre as tintas. Com um cacho pequeno e alongado, ostenta bagos diminutos, arredondados e não uniformes, e uma epiderme negra-azul revestida de forte pruína.
A sua polpa é rija, não corada, suculenta e de sabor peculiar. Trata-se de uma casta de maturação média e de produção médio a elevado, quando se utilizam materiais selecionados e condições adequadas, caso contrário ela é baixa. Dá vinhos de cor retinta intensa, com tonalidades violáceas, quando novos. Os aromas são intensos, de elevada complexidade, a frutos pretos muito maduros, com algo de selvagem, silvestres (amoras, rosmaninho, alfazema, caruma, esteva). Na boca apresenta-se cheio, encorpado, persistente, robusto, taninoso, muito frutado, quando jovem. Possui elevado potencial para envelhecimento prolongado adquirindo nessa altura, uma elegância, um aroma e sabor aveludados inconfundíveis.
(in CVR Dão site)
Porque é que os rótulos referem “CONTÉM SULFITOS”?
O dióxido de enxofre (SO2) é um dos aditivos mais utilizado e serve quer como antioxidante quer como agente antimicrobiano nos mostos, nos sumos e nos vinhos. Erradamente pensa-se que o SO2 reage diretamente com o oxigénio e desta forma protegendo o vinho. Na realidade o SO2 interage com os produtos de oxidação negativa nos vinhos, inibindo os seus efeitos ou reduzindo o seu impacto. Interage com os pigmentos e outros componentes da cor para atrasar o desenvolvimento das cores acastanhadas.”
Excerto do livro “The Wine Maker’s Answer Book”, Alison Crowe
Em resumo, usa-se desde a Antiguidade para proteger e preservar o vinho, impedindo que se transforme em vinagre. Mencionamos este facto no rótulo para avisar algum consumidor que possa ter intolerância ao SO2.